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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Imóveis: crédito beira R$ 1 bi



De janeiro a novembro, foram emprestados pelo banco R$ 996 milhões no Estado para a compra da casa própria
O volume de aplicações da Caixa Econômica Federal em crédito imobiliário segue em expansão e deverá, neste ano, superar todo o montante emprestado em 2010. De janeiro até o início de novembro, a instituição financeira financiou mais de R$ 996 milhões para a compra de imóveis. Já em todo o ano passado, foi aplicado aproximadamente R$ 1 bilhão.

A cifra emprestada em 2011 favoreceu 13.500 famílias, que puderam comprar a casa própria. Com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o crescimento foi de 10,5% chegando a casa dos R$ 146 milhões, e com origem do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) foram aplicados R$ 479 milhões, um incremento de 18%.

Volume no Brasil
No País, o volume de recursos cresceu ainda mais. Se em 2010, os R$ 76 bilhões em crédito habitacional já tinham sido recordes; em 2011, a cifra deverá ser maior. A expectativa é de que se atinja o patamar de R$ 90 bilhões, em 1,2 milhão de contratos firmados.

"Ano a ano a Caixa vem batendo recordes históricos. Por tudo isso, o setor da construção civil reconhece como fundamental o seu papel no desenvolvimento da nossa economia", comenta Roberto Sergio Ferreira, presidente do Sinduscon-CE (Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Ceará).

Reconhecimento
A atuação da Caixa em programas e projetos ligados à construção civil no Ceará será reconhecida hoje, quando o presidente do Banco, Jorge Hereda, será homenageado no Prêmio da Construção 2011, que ocorrerá, a partir das 21h, no La Maison Dunas. O executivo será congratulado com o Prêmio de Desenvolvimento Setorial - Troféu Fiec.

Na opinião do presidente do Sinduscon-CE, o setor está crescendo de forma sólida no Estado devido à oferta de crédito imobiliário para trabalhadores e para o setor produtivo, além do controle da inflação e o lançamento de projetos de moradia para a baixa renda. "Somos grandes empregadores de mão-de-obra, e atuamos na redução do déficit habitacional, que somente em Fortaleza chega a 100 mil moradias. Por isso, escolhemos homenagear a Caixa, que com ações concretas, possibilita a atuação do setor e, consequentemente, investe na qualidade de vida de toda a sociedade", afirma.

Contribuição ao setor
A 10ª edição do Prêmio da Construção também reconhecerá outros nomes que desenvolveram ações em função do desenvolvimento do setor. Quem receberá o troféu de Construtor do Ano será o empresário Carlos Alberto Studart Neto, da Magis. Na categoria Tecnologia e Qualidade na Construção, o congratulado será José Ramalho, do Nutec. Em Resgate Histórico da Construção, o agraciado será o engenheiro Waldyr Diogo. Em Operário do Ano, o homenageado vai ser o mestre de obras da Konnen João Lima dos Santos; e em Responsabilidade Social será a administradora Patricia Nery, da Construtora CRC Engenharia. Este ano também terá como destaque o Troféu Qualidade de Vida, que irá reconhecer a construtora que mais participou das atividades do Programa de Vida do Sinduscon.

MAIS INFORMAÇÕES

A 10ª Edição do Prêmio da Construção acontece hoje, a partir das 21h, no La Maison Dunas; e deverá reunir cerca de 1.300 convidados


Fonte: Diário do Nordeste

Juazeiro vai embargar obras sem acesso para deficientes

A terra do Padre Cícero não oferece condições de acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais


Juazeiro do Norte/ Sobral Para promover uma maior mobilidade urbana, a Secretaria de Infraestrutura de Juazeiro do Norte está implantando, em parceria com a Associação Defensora das Pessoas com Mobilidade Reduzida (Andare), um sistema de fiscalização de novas construções. A ação irá notificar e embargar as obras que não obedecerem os padrões de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais.

Atualmente, de acordo com dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Município tem 39.127 pessoas com deficiências. Destas, 17.003 têm limitações físicas, 27.003 visual, 9.755 auditiva e 5.249 intelectual. De acordo com o professor de Educação Física Adaptada, Vicente Matias Cristino, da Universidade de Fortaleza (Unifor) e do Instituto dos Cegos do Ceará, é necessário que a administração municipal realize um estudo de acessibilidade.

Para ele, a acessibilidade da cidade deixa muito a desejar. "Juazeiro não tem linhas guias e a política de inclusão e acessibilidade é praticamente inexistente. Aqui, as pessoas não respeitam os deficientes, não têm profissionais qualificados, material educacional adequado e também falta adequação das escolas. É preciso que seja realizado um estudo sobre o acesso que até agora é pouco inclusivo".

O Município não dispõe de bases práticas ou projetos para otimizar a mobilidade nas áreas já construídas. Existe apenas um projeto em processo de licitação, que irá contemplar os cerca de 60 mil moradores dos bairros Lagoa Seca, Pedrinhas, Limoeiro, Triângulo e Campo Alegre com serviços de drenagem, troca do piso de calçamento para o intertravado, pavimentação asfáltica em locais de linhas do transporte público e readequação de calçadas.

Porém, a medida só será executada a partir do próximo mês de janeiro, com recursos na ordem de R$ 36 milhões que serão financiados pela Caixa Econômica Federal. O prazo para o término da obra é de até 180 meses.

Segundo o secretário de Infraestrutura, Rafael Apolinário, o Município só aprova obras em vias públicas se as mesmas estiverem de acordo com as normas de acessibilidade. Mas, ele diz ainda que não há como reestruturar os locais em que as regras não foram respeitadas. "Não temos como mudar Juazeiro em apenas quatro anos. Já fizemos um projeto para melhorar cinco Bairros da cidade e estamos vendo, junto ao Ministério Público, as possibilidades de conseguir recursos externos para realizar outras obras de acessibilidade", afirma ele.

Devido à expansão urbana desordenada e falta de planejamento, os índices de acessibilidade nas vias públicas de Juazeiro do Norte são considerados insuficientes. Na cidade, há poucos locais com passagem adequada para quem sofre de alguma defasagem psicomotora. A grande dificuldade é a acessibilidade arquitetônica. Faltam rampas de acesso em locais públicos, placas sinalizadoras e semáforos sonoros. Boa parte das calçadas está obstruída com algum tipo de barreira, tais como o comércio ambulante, estacionamento de veículos, postes, escadarias ou até mesmo a apropriação indevida por parte dos donos das residências, que constroem rampas para a passagem de veículos.

Outro desafio para os portadores de deficiência é a comunicação em instituições públicas, que não oferecem intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Além da ausência de professores qualificados para atuar na educação inclusiva, nas escolas da rede pública municipal e das limitações no transporte público. A falta de infraestrutura adequada foi comprovada por alunos do curso de Educação Física que, coordenados pelo professor Vicente Matias Cristino, realizaram vivências nas vias da cidade. De olhos vendados, os estudantes percorreram as ruas e conheceram os obstáculos enfrentados por quem tem algum tipo de limitação psicomotora. O intuito da prática foi despertar nos futuros profissionais a sensibilidade acerca das dificuldades enfrentadas pelas pessoas com limitações sensoriais.

Zona Norte

Já em Sobral, os prédios públicos são acessíveis à maioria dos portadores de necessidades especiais. As agências bancárias também têm rampas e indicativos para a acessibilidade.

O que é uma problemática para a acessibilidade de pessoas especiais são os passeios nas calçadas das principais ruas sobralenses.

Por exemplo, na Avenida Doutor Guarany, logo depois do boulevard do Arco de Nossa Senhora de Fátima, há mais de 20 dias uma tampa boca de lobo está quebrada exatamente no meio do passeio para deficientes físicos. Há bocas de lobo arrancadas em outras avenidas e ruas. Falta também em Sobral táxis e ônibus especiais com portas dotadas de elevadores para cadeirantes. O Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência ganhou sede nova e própria e para ali são levadas as reivindicações do setor.

MAIS INFORMAÇÕES

Prefeitura de Juazeiro do Norte, Rua São Pedro, Centro
Região do Cariri
Telefone: (88) 3566.1044

Yaçanã Neponucena / Lauriberto Braga
Repórteres

REGIÃO DOS INHAMUNS
Crateús segue padrões de adequação

Crateús Houve avanços na promoção de acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência e idosos neste Município. A avaliação é da presidente da Associação das Pessoas com Deficiência de Crateús (Apedec), Regina Gramoza. Há exatamente sete meses, em 25 de abril deste ano, o Caderno Regional publicou reportagem sobre o tema, destacando a falta de acessibilidade em prédios públicos no Estado e enfocou a situação deste Município. Desde então, segundo Regina Gramoza, as condições de acessibilidade melhoraram.

"Temos avanços, embora ainda precisem progredir, mas percebemos boa vontade e concretamente alguns prédios públicos já em melhores condições", ressalta a presidente, citando como exemplo os prédios dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). São três na cidade. Um deles já foi construído dentro dos padrões exigidos, um recebeu ampla reforma e o outro está em vias de começar as adaptações. Aponta ainda a agência da Caixa Econômica Federal, que construiu uma rampa em boas condições e algumas escolas municipais, cujos prédios receberam rampas também em boas condições para cadeirantes e idosos.

O Brasil possui legislação específica sobre acessibilidade. É o decreto lei 5.296, de 2 de dezembro de 2004, também conhecido como Lei de Acessibilidade. O documento estipula prazos e regulamenta o atendimento às necessidades específicas de pessoas com deficiência no que concerne a projetos de natureza arquitetônica e urbanística, de comunicação e informação, de transporte coletivo, bem como a execução de qualquer tipo de obra com destinação pública ou coletiva. O parágrafo três, do capítulo II, reza que o acesso prioritário às edificações deve seguir os preceitos estabelecidos no referido decreto e nas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT).

Sem critérios

Dentro desse contexto, apesar da avaliação positiva, Gramoza lembra que alguns prédios públicos ainda estão aquém das necessidades de acessibilidade, não atendendo aos critérios do decreto. "Alguns até possuem rampas, mas não estão de acordo com as normas da ABNT. Umas são altas, outras estreitas, de difícil locomoção, sem corrimão, enfim, há várias situações", analisa.

De acordo com a coordenadora do Cras, Elisa de Oliveira, nos dois prédios dos Centro as obras foram projetadas atendendo as normas técnicas da ABNT. Além da rampa na entrada, os banheiros e o hall de circulação estão em plenas condições de acessibilidade. Nas três salas novas, cozinha e salas para realização de reuniões e oficinas o acesso foi priorizado.

"A reforma seguiu os padrões da ABNT e todos os prédios novos estão sendo construindo com esses parâmetros, seguindo o decreto. Os prédios já existentes estão sendo reformados dentro das condições de acessibilidade. Estamos preocupados em seguir as normas de forma célere", garante.

A dona de casa Maria Ferreira, de 70 anos, participa de oficinas, palestras e reuniões promovidas pelo Cras I, localizado no Bairro Fátima II, próximo à sua residência, e destaca a recente reforma no órgão.

MAIS INFORMAÇÕES

Apedec - Rua Auton Aragão, 448, São Vicente/ Cras I - Rua Oscar Lopes, 530 - Fátima II - Crateús
Telefone: (88) 3691.5179


Fonte: Diário do Nordeste

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Empréstimo imobiliário turbina lucro da Caixa em 72,5%

A Caixa Econômica Federal viu seu lucro líquido do terceiro trimestre disparar 72,5% na comparação com o mesmo período de 2010, para R$ 1,3 bilhão, movimento apoiado nas concessões de crédito, que cresceram mais que o dobro da média do mercado.

No ano, a instituição acumulou um lucro de R$ 3,6 bilhões até setembro, superando em 47,6% o desempenho do mesmos nove meses do ano passado.

A carteira de empréstimos e financiamentos do banco estatal encerrou setembro com saldo de R$ 227 bilhões, evolução de 39,5% em 12 meses. O crescimento foi superior à média do sistema financeiro, cuja carteira se expandiu 19,6% no mesmo período, de acordo com dados do Banco Central.

O grande destaque foram novamente os empréstimos habitacionais, responsáveis por mais da metade da carteira total da Caixa, que subiram 44,2% sobre o terceiro trimestre de 2010, para R$ 141,2 bilhões.

Já o crédito para empresas avançou 39,3%, a R$ 38,3 bilhões, enquanto os financiamentos para consumo atingiram R$ 33,2 bilhões, um incremento de 26%.

"Foi o crescimento do crédito com qualidade que permitiu à Caixa alcançar esses resultados", disse o presidente da empresa, Jorge Hereda.

SERVIÇOS

A ampliação da base de clientes também favoreceu o resultado ao aumentar as receitas de prestação de serviços.

A Caixa faturou R$ 3,2 bilhões com serviços no trimestre, um acréscimo de 18% em relação ao mesmo período do ano passado.

O número de contas de micro e pequenas empresas ultrapassou 1 milhão. O número total de clientes atingiu 56,4 milhões, crescendo 8,5%.

O índice de inadimplência da carteira, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, ficou em 2%, mesmo nível do trimestre imediatamente anterior.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

O balanço divulgado nesta quarta-feira pela Caixa aponta ainda que o patrimônio líquido consolidado atingiu R$ 18 bilhões em setembro, o que representou avanço de 10,3% em 12 meses.

O PR (Patrimônio de Referência), conceito usado para efeito de requerimento regulamentar de capital, alcançou R$ 37,8 bilhões. Com isso, o Índice de Basiléia, que mede a relação entre o PR e o valor dos ativos ponderados pelo risco, ficou em 13,5%, superior ao mínimo de 11% exigido pelo Banco Central.

Em setembro, a Caixa administrava cerca de R$ 1 trilhão em ativos. Desse total, R$ 507 bilhões eram ativos próprios. Dos R$ 490,5 bilhões restantes destacam-se R$ 280,9 bilhões do FGTS e R$ 149,6 bilhões de fundos de investimento.

Fonte: Folha.com